Exemplo de caridade, pureza e coragem, Santa Martinha sofreu um martírio repleto de prodígios que acabaram convertendo milhares de romanos no século III
Hoje é dia de Santa Martinha, virgem, diaconisa e Mártir.
Filha de ricos e nobres cristãos romanos, Martinha foi educada na fé e cresceu com grande devoção a Cristo e Sua Igreja. Quando seu pai morreu, ela distribuiu toda a sua herança entre os pobres e tornou-se diaconisa em Roma.
Em 222, o imperador Alexandre Severo decretou a execução de um grupo de cristãos, entre os quais estava Martinha. Quando a descobriu entre os condenados, Severo quis libertá-la, mas a diaconisa preferiu permanecer entre os seus, e aí começou uma sucessão de fatos abençoados.
Os primeiros carrascos que foram designados para torturá-la, diante da força de suas orações, acabaram se convertendo, e não ousaram tocá-la. Severo ordenou que ela fosse jogada aos leões, mas estes se recusaram a atacá-la. Martinha então foi condenada à fogueira, mas as chamas não a queimaram. Por fim, foi condenada à decapitação, e no exato momento em que sua cabeça foi separada do corpo, um grande terremoto abalou toda a cidade de Roma. Este terremoto, assim como os prodígios ocorridos durante seu martírio, ocasionaram um sem-número de conversões.
Cerca de 1400 anos após a morte de Santa Martinha, o Papa Urbano VIII, ao descobrir suas relíquias soterrada nas ruínas da Igreja do Foro – erigida sob o pontificado de Honório I, no século VII –, propôs sua devoção entre os romanos e estabeleceu 30 de janeiro como a data de sua festa. Também compôs hinos para ela no Ofício das Horas e construiu uma igreja em sua homenagem.
Santa Martinha é uma das principais padroeiras de Roma e constitui exemplo de caridade, pureza e coragem.
Santa Martinha, rogai por nós!
O martírio do Martinha
O martírio de Martinha
é fato a se admirar,
e o registro na historinha
que aqui lhes vou relatar…
Quando Martinha foi presa
entre “rebeldes” cristãos,
foi tomado de surpresa
e quis libertar-lhe as mãos
o romano imperador.
Ela recusou, no entanto,
e, fiel a Nosso Senhor,
preferiu martírio santo.
Mandou açoitá-la, então,
o imperador furibundo,
mas diante de sua oração,
recusou-se todo mundo.
A esfomeados leões
ela então foi atirada,
mas os felinos, foliões,
não lhe deram nem patada.
Num imenso fogaréu
arremessá-la tentaram,
mas também foi isso ao léu:
as chamas não a queimaram.
O imperador, impaciente,
decapitá-la mandou,
e toda romana gente,
pasmada, testemunhou
outro prodígio espantoso,
pois assim que decepada
foi Martinha, um estrondoso
terremoto chacoalhada
fez ser a cidade inteira,
e depois de tudo isso,
muita gente zombeteira
assumiu seu compromisso
com Cristo Nosso Senhor,
e foi, pois, daquela feita,
derrotado o imperador,
e Martinha ao Céu eleita.
O martírio da Martinha
é digno de memória;
que repouse esta santinha
com Cristo, na Eterna Glória.
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