DOSE DE FÉ | Martinha

Leônidas Pellegrini
Leônidas Pellegrini
Professor, escritor e revisor.

Exemplo de caridade, pureza e coragem, Santa Martinha sofreu um martírio repleto de prodígios que acabaram convertendo milhares de romanos no século III

Hoje é dia de Santa Martinha, virgem, diaconisa e Mártir.

Filha de ricos e nobres cristãos romanos, Martinha foi educada na fé e cresceu com grande devoção a Cristo e Sua Igreja. Quando seu pai morreu, ela distribuiu toda a sua herança entre os pobres e tornou-se diaconisa em Roma.

Em 222, o imperador Alexandre Severo decretou a execução de um grupo de cristãos, entre os quais estava Martinha. Quando a descobriu entre os condenados, Severo quis libertá-la, mas a diaconisa preferiu permanecer entre os seus, e aí começou uma sucessão de fatos abençoados.

Os primeiros carrascos que foram designados para torturá-la, diante da força de suas orações, acabaram se convertendo, e não ousaram tocá-la. Severo ordenou que ela fosse jogada aos leões, mas estes se recusaram a atacá-la. Martinha então foi condenada à fogueira, mas as chamas não a queimaram. Por fim, foi condenada à decapitação, e no exato momento em que sua cabeça foi separada do corpo, um grande terremoto abalou toda a cidade de Roma. Este terremoto, assim como os prodígios ocorridos durante seu martírio, ocasionaram um sem-número de conversões.

Cerca de 1400 anos após a morte de Santa Martinha, o Papa Urbano VIII, ao descobrir suas relíquias soterrada nas ruínas da Igreja do Foro – erigida sob o pontificado de Honório I, no século VII –, propôs sua devoção entre os romanos e estabeleceu 30 de janeiro como a data de sua festa. Também compôs hinos para ela no Ofício das Horas e construiu uma igreja em sua homenagem.

Igreja de Santa Martinha, em Roma

Santa Martinha é uma das principais padroeiras de Roma e constitui exemplo de caridade, pureza e coragem.

Santa Martinha, rogai por nós!

 

O martírio do Martinha

 

O martírio de Martinha

é fato a se admirar,

e o registro na historinha

que aqui lhes vou relatar…

 

Quando Martinha foi presa

entre “rebeldes” cristãos,

foi tomado de surpresa

e quis libertar-lhe as mãos

 

o romano imperador.

Ela recusou, no entanto,

e, fiel a Nosso Senhor,

preferiu martírio santo.

 

Mandou açoitá-la, então,

o imperador furibundo,

mas diante de sua oração,

recusou-se todo mundo.

 

A esfomeados leões

ela então foi atirada,

mas os felinos, foliões,

não lhe deram nem patada.

 

Num imenso fogaréu

arremessá-la tentaram,

mas também foi isso ao léu:

as chamas não a queimaram.

 

O imperador, impaciente,

decapitá-la mandou,

e toda romana gente,

pasmada, testemunhou

 

outro prodígio espantoso,

pois assim que decepada

foi Martinha, um estrondoso

terremoto chacoalhada

 

fez ser a cidade inteira,

e depois de tudo isso,

muita gente zombeteira

assumiu seu compromisso

 

com Cristo Nosso Senhor,

e foi, pois, daquela feita,

derrotado o imperador,

e Martinha ao Céu eleita.

 

O martírio da Martinha

é digno de memória;

que repouse esta santinha

com Cristo, na Eterna Glória.


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