DOSE DE FÉ | Áquila e Priscila

Leônidas Pellegrini
Leônidas Pellegrini
Professor, escritor e revisor.

O casal de Santos Áquila e Priscila constitui modelo de Igreja doméstica e de missão apostólica e catequética dos casais cristãos de todos os tempos

Hoje é dia dos Santos Áquila e Priscila, leigos.

Sabemos da existência do piedoso casal Áquila e Priscila pelo que ficou registrado no Novo Testamento: eles são citados 4 vezes nos Atos dos Apóstolos, e depois São Paulo faz referências aos dois na Carta Aos Romanos, Primeira Carta aos Coríntios e na Segunda Carta a Timóteo.

Áquila era um judeu proveniente do Ponto (atual Turquia). Ao mudar-se para Roma, conheceu Priscila (ou Prisca), com quem se casou e iniciou uma fábrica de tendas. Um edito publicado em 49 pelo imperador Cláudio expulsava os judeus de Roma e obrigou o casal a se mudar para Corinto.

Em algum momento de suas vidas, Áquila e Priscila converteram-se ao cristianismo. Em Corinto, conheceram São Paulo e o hospedaram em sua casa. Os três firmaram uma amizade fraterna e duradoura. Quando o Apóstolo rumou para a Síria, o casal o acompanhou em parte do trajeto, estabelecendo-se em Éfeso, onde o Apóstolo realizou muitas obras.

Os três amigos voltariam a se encontrar na cidade de Anatólia, onde Paulo morou por dois anos e meio e onde fundou uma igreja. O casal ajudou-o na formação dos novos convertidos. Acompanharam de modo especial a iniciação cristã de Apolo, um judeu de Alexandria, profundo conhecedor das Escrituras, que viria a ser também inscrito no cânone dos Santos.  

Aquila e Priscila voltaram a Roma após a revogação do edito imperial de 49. Continuaram sempre atentos em seu trabalho para o fortalecimento da Santa Igreja e a Glória de Cristo. Não se sabe como morreram, mas a lição que eles deixaram é eterna: os dois constituem modelo da Igreja doméstica e de missão apostólica e catequética dos casais cristãos de todos os tempos.

Santos Áquila e Priscila, rogai por nós!

 

Áquila e Priscila, uma história de amor

 

Quando Áquila, recém-chegado a Roma,

viu Priscila, sentiu no peito a soma

 

de batimentos mais que acelerados:

estava o rapazinho apaixonado!

 

Conquistou-a e com ela se casou,

e a Lei de Jesus Cristo os abençoou.

 

Certo dia, no entanto, a Lei do Estado

para longe os mandou, mas abençoado

 

foi todo o itinerário do casal,

sempre ao Senhor solícito e leal.

 

Conheceram o Enviado dos Gentios

e com ele teceram fortes fios

 

de duradoura e autêntica amizade,

firmada no serviço e caridade,

 

 na apostólica vívida alegria.

Voltaram para Roma um certo dia,

 

e não se sabe o fim que os dois levaram,

mas é certo que ao Céu eles rumaram:

 

sua casa sobre a Rocha construíram

e sob a Cruz num só se constituíram;

 

sua história é uma lição de grande amor

no matrimônio, e ao próximo, e ao Senhor.


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