Conheça a história de Santa Apolônia, a Padroeira dos dentistas
Hoje é dia de Santa Apolônia, virgem e mártir.
Apolônia era uma piedosa cristã que vivia em Alexandria, no Egito, no tempo do imperador Felipe, que tinha considerável tolerância com os cristãos. No entanto, em um levante anticristão que aconteceu na cidade, ela esteve entre as vítimas. Os pagãos a arrastaram pela rua, arrancaram seus seios e quebraram-lhe os dentes. Depois, ameaçaram jogá-la em uma fogueira, caso não blasfemasse. Ela mesma jogou-se no fogo, então, em firme testemunho de fé. No entanto, as chamas não a queimaram – o que impressionou muitos dos expectadores, que acabaram se convertendo –, e seus algozes a decapitaram. Era o ano de 249.
Devido às circunstâncias de seu martírio, em que perdeu os dentes depois que seus carrascos lhe quebraram a face com pancadas, Santa Apolônia é considerada Padroeira dos dentistas e intercessora contra problemas dentários. É comum que seja representada com um dente de ouro em um colar ou segurando um dente com um fórceps. Seus dentes foram recolhidos e levados para vários mosteiros. Existe um dente e um pedaço de sua mandíbula no Mosteiro de Santa Apolônia, em Florença. Foi canonizada no ano 300.
Santa Apolônia, rogai por nós!
O salto de Apolônia
Quando Felipe Roma então regia,
uma revolta anticristã rompeu
na capital do Egito, Alexandria,
onde a horda sanguinária arremeteu
contra os cristãos pela cidade afora,
e muitas almas Cristo recebeu.
Entre as vítimas, houve uma senhora
piedosa, que Apolônia era chamada,
cujos seios tirados foram fora,
e em cuja face foi tão espancada,
que em sangue foi cuspindo dente a dente,
e quando foi de morte ameaçada
a ser lançada numa pira ardente,
a Jesus Cristo sua alma encomendou,
correu altiva e corajosamente,
e às chamas ela própria se atirou,
e após tão valoroso e nobre salto,
sorriu com novos dentes quando achou
Jesus a lhe sorrir também lá no Alto.
Esse conteúdo é exclusivo para assinantes da Revista Esmeril.