Hoje encerro a coluna desta semana, dividida em três partes para facilitar a leitura. Trato da história do futebol brasileiro, seus torneios e os reflexos desses sobre os clubes e a Seleção; e procuro extrair dessa história lições sobre o que é necessário fazer para organizar a estrutura de modo a beneficiar a comunidade como um todo.
É o único jeito. Fazendo assim, dá-se chance para acertar. De outro modo, o fracasso é inevitável. (E, não, não estou mais falando de futebol.)
Continuando o texto de ontem, em que escrevi:
“O futebol brasileiro também precisa de uma nova Constituição. A atual organização do ludopédio nacional vem desde 2003, mas – a exemplo da CF/1988 – tem sérios problemas nas premissas. Reformas pontuais são incapazes de resolver os vícios-de-origem. É preciso repensar tudo; e a forma correta de se repensar o futebol e a política são similares.”
Hoje, falo sobre constituições, ordem institucional, e ordem real – e o que isso tem a ver com futebol...
Estamos vivendo uma crise constitucional. É algo mais profundo que uma crise política. Uma nova Constituição é necessária, como afirmou recentemente o Rafael Nogueira. Porém, o risco de uma Constituinte agora é terminarmos com um documento pior do que o atual. Não estamos preparados para isso. Uma Constituinte é o último passo.
Venho tratando do assunto há algum tempo; muitas vezes, de forma indireta. A atual organização do futebol brasileiro – a exemplo da CF/1988 – tem vícios-de-origem. É preciso repensar tudo. As questões são interligadas. Os problemas são similares. Falar de futebol só é mais simples.
Contudo, mesmo que mais simples, não é fácil. Eu não tenho conseguido me fazer entender. Cada texto é uma tentativa de me aprimorar nisso. Este não é diferente. Para que seja o momento de fazermos uma nova Constituição, é necessário darmos os primeiros passos. ¿Conseguiremos caminhar juntos, leitor?
Há quem não veja nada demais na bandeira gigante dos Estados Unidos desfraldada na Avenida Paulista no domingo, sete de setembro. Há até quem creia ter sido o certo a fazer. Os fins, porém, não justificam necessariamente os meios. Da forma como foi realizado, o ato da Paulista foi uma deliberada agressão à brasilidade. O “viralatismo” é uma enfermidade política. Era necessário encontrar outro caminho.
Uma das minhas paixões (para não dizer "vícios") é imaginar uma estrutura para o futebol brasileiro. Eu faço constantemente esse exercício porque, apesar de haver inúmeras maneiras possível de se organizar o nosso futebol respeitando seus fundamentos primordiais, entendo que o nosso atual calendário os ignora. Isso me incomoda bem mais do que deveria. Desta vez, apresento o último dos projetos para o futebol brasileiro que elaborei.
Quem se interessa por política precisa estudar Eric Voegelin – um dos melhores pensadores do Século XX. O desafio do filósofo, do cientista, está em conhecer a realidade. O foco da metodologia voegeliniana é justamente esse. Não é uma leitura fácil, mas é certamente gratificante. Explico isso na coluna desta semana.
Não publiquei na semana passada. Era para ser um texto sobre o Supremo, mas não consegui achar um tom que me agradasse. Peço desculpas. Hoje introduzo a questão do voto feminino. O debate sobre esse tema esconde pontos mais profundos e importantes.
Nesta semana, completo uma trilogia involuntária. Desta vez, comento uma entrevista do cientista político David Walsh (Universidade Católica da América) ao noticiário “Religión em Libertad”. Fui aluno do Walsh quando estudei nos Estados Unidos. Recentemente, ainda tive oportunidade de assistir uma conversa com ele realizada pela “Brazil Law & Liberty Society”. Entendo o pensamento dele prover um excelente fechamento ao que eu escrevera nas semanas anteriores.
Nesta semana, inspirado em postagem de uma pessoa a quem muito estimo e respeito, volto a falar de um tipo de ignorância e ingenuidade que afeta principalmente os mais letrados e mais inteligentes de uma sociedade. O exemplo joga luzes sobre o atual momento de crise que experimentamos e por onde encontraríamos a saída.
Duas colunas numa só; praticamente uma promoção de meio-de-ano. Todavia, apesar de aparentemente desconexos, os temas têm pontos em comum: são recentes, mas já foram tratados aqui em 2023; e mostram exemplos de ingenuidade típicas da elite - a qual fomenta a soberba.