Caçadores de likes e de traidores e outros animais 

Roberto Lacerda
Roberto Lacerda
Roberto Lacerda Barricelli é jornalista, assessor e historiador. Foi correspondente do Epoch Times e colaborador em diversos jornais, como Jornal da Cidade Online, O Fluminense, São Carlos Dia e Noite, Diário da Manhã, Folha de Angatuba e Jornal da Costa Norte

Do Bicho-Preguiça à Onça afogada, ninguém resiste ao Bicho-Papão

Acordo, alimento o bebê e vou à cozinha tomar meu café com a esposa, que já se adianta no preparo da feijoada. Combinamos o churrasco para o final de ano; dia 1º precisa ter algo para afastar a tristeza que à rampa se avizinha. 

No meu prato tem picanha e continuará tendo porque trabalho, produzo e me esforço para ser um membro útil, ao invés de parasita da sociedade. Corro atrás do nosso patrimônio familiar, no lugar de ser um fracassado que inveja e quer tomar o patrimônio alheio. 

Mas os piores parasitas são bem produtivos, para desgosto e perigo dos mentalmente mais frágeis. Parasitam os cérebros de gente desesperada, em busca d’uma solução rápida e com aparência de definitiva (à revelia da experiência histórica). 

São os pseudo-analistas verde musgo. Os caras vêem ‘sinais’ de que ‘algo será feito’ até na bosta seca dos militares. Lêem papel higiênico usado como aquelas falsas ciganas do Viaduto do Chá, no centro de São Paulo, lêem as mãos dos supersticiosos distraídos, enquanto suas filhas lhes batem as carteiras; e são tão charlatões e bandidos quanto elas. 

Até em nota do Diário Oficial da União (DCU) enxergam algum sinal, indício etc., e lá vem mais uma teoria esquizofrênica para alimentar as esperanças dos desesperados, que continuam gritando e erguendo faixas de “Nos Salvem” em frente aos comandos militares. Ninguém com uma faixa de “Nos salvemos nós!”. Eita, que o amante da Onça é um Bicho-Preguiça! 

E enquanto essa Onça já se afogou, o Bicho-Papão mantém a ilusão de que ela só está urinando enquanto espera a ordem milagrosa do fujão do Planalto. 

Os influenciadores papões alimentam os desesperados e os mantém num transe… Mas a imprensa ideológica e cúmplice monta narrativas para lubrificar o caminho aos primeiros decretos do Egresso de Curitiba. Uns pedem a ação das Forças Armadas, outros pavimentam o desarmamento, e os papões continuam obtendo seus likes e faturando alto ($$$) nas redes. 

E quando o Egresso subir aquela rampa e o desespero ceder lugar à desesperança? Após tanto tempo sendo alimentados por esses crápulas, que farão quando suas últimas esperanças (repito … à revelia da experiência histórica) caírem por terra? Quais as ações desesperadas que podemos esperar? E quando o Egresso e seus capangas usarem a força militar contra esses infelizes? Pedirão intervenção…

Se indivíduos tirarem de si aquilo que Deus nos dá de mais precioso, o sangue estará nas mãos dos papões. Alimentar falsas esperanças em indivíduos em histeria e desespero é o pior terrorismo psicológico. Mas cuidado, não faça alertas, ou eles acionarão seus zumbis caçadores de traidores no Twitter! 

Destroem reputações e vidas, mas os likes ($) ficam tão elevados que rivalizam com o próprio ego. Custe o que custar, manterão seus números. A picanha metafórica, de um lado, e a falsa promessa de salvação, do outro. 

E viva os verdes loucos desta fauna! Se cercar, vira hospício, se cobrir com uma lona, vira circo. Faz o L, em pé ou deitado, que tudo passa!


Nada mais cretino e mais cretinizante do que a paixão política. É a única paixão sem grandeza, a única que é capaz de imbecilizar o homem

Nelson Rodrigues

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