Penso que na imagem do militante que a autora expõe no texto, estão imbricadas muitos dos aspectos mais associados ao conceito de torcida. E daquele tipo mais deletério de torcida, a torcida organizada, virulenta, violenta, irracional e freqüentemente criminosa. Talvez já tenha havido um tipo de militância mais “raiz”, mais “limpa”, (assim como também já houve torcidas). Entretanto, hoje o espírito de torcida irracional e um sebastianismo que é mais característica dos latinos que de outros povos, contribuem muito para transformar as militâncias de hoje em nada mais que versões século XXI dos camisas marrons do Adolfo Bigodinho, que aterrorizaram a Alemanha de um século atrás.
Interessante a análise, Bruna. A pulga que ainda fica na minha orelha: até que ponto o militante é consciente de sua condição? Claro, todo homem é racional e capaz de tomar as próprias decisões, porém numa sociedade massificada grande parte se deixa levar pelo “exército de autômatos”. Na minha percepção, muitos deles não percebem seu papel inumano e, a depender da capacidade cognitiva, agem com absoluta certeza de que por vontade própria.
O militante é o soldado raso da política. O problema não está na militância, mas no Estado Maior. Não se pode julgar o militante pela régua dos líderes.
Não é pelo apoio do militante que Chavez cresceu. A miltância só foi possível porque uma parcela importante da elite venezuelana abraçou o Chávez.
Esta história NÃO se estanca por aqui. Parte II:
https://revistaesmeril.com.br/sanquixotene-de-la-panca-do-contra-respondendo-a-bruna-torlay/
Penso que na imagem do militante que a autora expõe no texto, estão imbricadas muitos dos aspectos mais associados ao conceito de torcida. E daquele tipo mais deletério de torcida, a torcida organizada, virulenta, violenta, irracional e freqüentemente criminosa. Talvez já tenha havido um tipo de militância mais “raiz”, mais “limpa”, (assim como também já houve torcidas). Entretanto, hoje o espírito de torcida irracional e um sebastianismo que é mais característica dos latinos que de outros povos, contribuem muito para transformar as militâncias de hoje em nada mais que versões século XXI dos camisas marrons do Adolfo Bigodinho, que aterrorizaram a Alemanha de um século atrás.
Interessante a análise, Bruna. A pulga que ainda fica na minha orelha: até que ponto o militante é consciente de sua condição? Claro, todo homem é racional e capaz de tomar as próprias decisões, porém numa sociedade massificada grande parte se deixa levar pelo “exército de autômatos”. Na minha percepção, muitos deles não percebem seu papel inumano e, a depender da capacidade cognitiva, agem com absoluta certeza de que por vontade própria.
O militante é o soldado raso da política. O problema não está na militância, mas no Estado Maior. Não se pode julgar o militante pela régua dos líderes.
Não é pelo apoio do militante que Chavez cresceu. A miltância só foi possível porque uma parcela importante da elite venezuelana abraçou o Chávez.
De toda forma, minha pergunta é: o que o próprio militante ganha com sua militância? NADA senão indignidade.
Continuaremos nossa conversa amanhã. 🙂
Indignidade o militante já tem como necessidade para sê-lo. Ele talvez ganhe mais alimento para a condição em que existe.