MURALHA DE LIVROS | Comunismo, crime organizado e a derrocada do Ocidente

Leônidas Pellegrini
Leônidas Pellegrini
Professor, escritor e revisor.

Destaque para importante obra da lista de indicações de Olavo de Carvalho

Entre as valiosas indicações de leitura do professor e filósofo Olavo de Carvalho, está um livro fundamental para se compreender as relações do comunismo com o crime organizado e o narcoterrorismo, em um esforço perverso dos soviéticos para a derrocada do Ocidente. A obra ganhou nova tradução e edição nesta semana, e é o destaque desta Muralha.

Entre os outros lançamentos desta edição, uma obra para se compreender os caminhos da Igreja Católica e suas relações com a política ao longo dos últimos 8 séculos, e uma obra essencial para os católicos no tempo do Advento que se inicia. Também um clássico monumental da literatura Hindu traduzido pela primeira vez no Brasil, e um tesouro infantil de um dos mais consagrados autores vitorianos.

Acompanhe ao lançamentos abaixo, e um excelente final de semana!

Destaque

O destaque desta semana é uma pré-venda do IBESEC, Red Cocaine: a drogratização soviética do Ocidente, de Joseph D. Douglas.

O autor apresenta o relato do Major-General soviético Jan Sejna, que desertou para os EUA na década de 1970, após anos comandando a política externa da União Soviética para a criação das redes de tráfico de entorpecentes e de grupos narcoterroristas nas Américas. Sejna conta também a importância de Cuba e dos Irmãos Castro nessa política, fornecendo a logística local necessária, inclusive com a criação de outros grupos revolucionários comunistas naquele período, que pouco depois deixaram suas estruturas fundamentais para servirem aos cartéis.

A União Soviética objetivava drogar as juventudes americanas, tornando-as incapazes de pensar e reagir, e dóceis a ideologias e comandos psicológicos.

O livro constitui uma das insistentes indicações do professor e filósofo brasileiro Olavo de Carvalho.

Leia a seguir um trecho da obra:

Assim que a operação básica de produção e tráfico de drogas em Cuba começou, foram recebidas instruções do Conselho de Defesa soviético para expandir a ofensiva. Em 1961, a Tchecoslováquia recebeu orientações do Conselho de Defesa soviético para que a inteligência cubana infiltrasse operações de drogas já existentes na América Latina e nos Estados Unidos, e preparar a base para “recrutar” estas operações independentes. A ordem foi apresentada ao Conselho de Defesa soviético pelos ministros de defesa e do interior. Como secretário do Conselho de Defesa tchecoslovaco, Sejna era responsável por coordenar e agendar tais orientações e tarefas subsequentes. O plano tchecoslovaco para implementar a ordem tinha sido coordenada e aprovada pelo Departamento de Órgãos Diretivos soviético do Comitê Central do PCUS.

O objetivo principal da infiltração era obter informação sobre indivíduos que haviam sido corrompidos pelo tráfico de drogas. Os principais grupos-alvo identificados foram os militares, a polícia, o governo, os políticos, as igrejas e o empresariado. Alvos adicionais eram as instituições científicas, a indústria militar e as universidades. Um objetivo secundário era obter inteligência sobre toda atividade envolvendo a produção e distribuição de drogas, para permitir que os soviéticos exercessem um controle estratégico e ajudassem a impedir que as várias operações independentes interferissem uma na outra. A inteligência derivada das penetrações no crime organizado também contribuiu para esse objetivo. A primeira reunião para coordenar a infiltração e coleta de dados sobre corrupção pelas drogas de que Sejna estava ciente ocorreu em 1962, durante a Segunda Assembleia Nacional do Povo, numa reunião secreta dos soviéticos e todos os agentes de inteligência estratégica treinados pelos soviéticos de todas as organizações latino-americanas. A reunião secreta foi dirigida por inteligência cubana e tchecoslovaca. Oficiais da inteligência militar (Zs) tchecoslovacos organizaram a reunião. Outros oficiais tchecoslovacos que compareceram à reunião eram do Ministério do Interior, Segunda Diretoria (a contraparte da inteligência da KGB na Tchecoslováquia) e a contrainteligência militar.”

Outros lançamentos

Pela Castela, O Reino de Deus, do Padre Álvaro Calderón.

Desde o conflito com o qual termina a Idade Média, isto é, a querela entre o Papa Bonifácio VIII e o rei Filipe, o Belo, os papas mantiveram silêncio a respeito do reinado social de Jesus Cristo. Os teólogos, por sua vez, foram cedendo à tentação de justificar uma certa separação entre o poder eclesiástico e o político, e esta posição acabou se estabelecendo como doutrina clássica.

Nesta obra, o Rev. Pe. Álvaro Calderón analisa os princípios que atuaram ao longo destes tempos. Denuncia essa posição conciliadora como causa da falta e reação clara perante as doutrinas liberais que triunfaram no Concílio Vaticano II. 

O autor traz à tona o argumento pseudotomista em que se apoiaram os teólogos que prepararam o triunfo do liberalismo e do ecumenismo no último Concílio e, à luz da verdadeira doutrina do Doutor Angélico, revela o seu engano. 

Pela Permanência, A Santa Igreja Católica, do Padre Emmanuel-André.

É inegável que nunca podemos afirmar conhecer o suficiente sobre a Igreja Católica. Aprofundar-se na oração e no estudo revela-se como meios eficazes para buscar a salvação. É por isso que a editora fundada por Gustavo Corção celebra o final deste ano presenteando-nos com uma obra significativa para o crescimento espiritual. Uma excelente leitura para o tempo do Advento que começa neste final de semana!

Pela Mnēma, o terceiro volume da coleção Biblioteca Monumenta: Rig Veda, Hinos a Aurora. Com tradução, organização e notas de Caio Geraldes, José Marcos Macedo e Thiago Mendes Venturott, o volume apresenta-nos o documento mais antigo da tradição religiosa indiana, que faz parte dos primeiros monumentos literários da humanidade. Seus mais de mil hinos, cuja fase final de composição remonta a por volta de 1200 – 1000 a.C., são dedicados a diversas divindades do panteão védico. Foram compostos em sânscrito védico, uma forma mais arcaica do sânscrito clássico. Não só a composição se deu de forma oral, mas também a transmissão dos poemas, durante os milênios. Trata-se de hinos de beleza intricada e sofisticada, o ponto alto de uma tradição de louvor que exprime ao mesmo tempo a religiosidade indiana em seus primórdios e o padrão apurado de sua literatura.
Surgido em uma época muito anterior ao hinduísmo e ao budismo, o Rig Veda é um dos textos mais importantes para o estudo tanto da poesia e religião indo-europeias quanto dos seus desdobramentos em épocas posteriores no universo indiano.

Aurora é uma das poucas divindades femininas que figuram no Rig Veda, mas ocupa uma posição de destaque. Muitos deles exibem imagens sofisticadas e elevada qualidade poética. A Aurora védica (Uṣas), cognata da deusa grega Eos e da latina Aurora no universo indo-europeu, tem como principais características a feminilidade e a generosidade. Descrita em geral como uma jovem de traços sensuais, ela corporifica a primeira luz da manhã que afasta as trevas de sua irmã Noite e anuncia o ritual matutino, no qual o fogo é atiçado e a riqueza é generosamente distribuída entre os participantes do sacrifício. Sua ação, porém, não é só benéfica; ao raiar a cada novo dia, ela marca a passagem do tempo e a fugacidade da vida humana, em contraste frontal com a vida eterna dos deuses.

Pela Texugo, A estrela, um sonho de infância, de Charles Dickens.

Neste volume, o célebre autor vitoriano de Grandes Esperanças, David Copperfield, Oliver Twist e Um Conto de Natal, entre outros clássicos encantadores, presenteia-nos com um belo conto infantil sobre as reflexões de um irmão e uma irmã a respeito da vida e a morte, inspiradas na observação noturna das estrelas. Esta história atemporal, cuidadosamente traduzida por Daniel Araújo e ricamente ilustrada por Walter Lara, é uma adição fantástica a qualquer coleção familiar, e não deve ser desperdiçada pelos amantes do trabalho de Dickens.


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