O ateísmo alcançou status de pensamento corrente na cultura. Como isso aconteceu e a que isso se relaciona? Degradação cultural e trabalho ativo de mudança de mentalidade. A ascensão do ateísmo a credo comum é um capítulo importante na história da decadência do ocidente, e é no século XVIII, entre xícaras de café e novelas licenciosas que o movimento experimenta seu primeiro impulso. A presente edição procura emoldurar esse universo, em deixar de fora a razão maior da adesão massiva a essa nova religião: o aspecto religioso do ateísmo de Marx.
Vida e Legado esboça o mais importante ateu iluminista, Denis Diderot, enquanto Alta cultura convida você a vislumbrar o mundo a que ele pertenceu.
Esmeril entrevista o professor de História Gabriel Giannattasio, que discorre sobre as relações limitadas, do ponto de vista do rigor historiográfico, entre os escritos iluministas e o povo que emprestou seus braços à Revolução.
Sabendo que o ateísmo só alcançaria status de ideário popular na versão religiosa que lhe deu Karl Marx, sua teologia, portanto, noção de ateísmo, é delineada em Patrimônio e Memória.
Uma Preleção confronta nosso pobre imaginário com a vulgaridade dos argumentos racionais contrários à existência de Deus, enquanto Conversar é pensar junto prova a você que nem todo ateu é exatamente ateu.
Uma imagem para guardar presta homenagem à história altamente simbólica do ponto mais alto da Catedral das catedrais em Paris, que pegou fogo em 2019, mas permanece até hoje de pé, desafiando o orgulho das chamas.
Num belo Ensaio, Israel Simões analisa como a rejeição, pelo homem moderno, da sua vocação à imortalidade está na gênese do ateísmo e demais adoecimentos que marcam a nossa época.
Uma breve história da descrença é contada em Política e Sociedade, partindo da pergunta: por que existe algo, e não nada?
O Conto endossa a conclusão do diálogo de Conversar é pensar junto, afinal, se alguém ali é salvo, o é por um ateu – que talvez não fosse tão ateu assim.
Por último, mas igualmente importante, você encontra em Palco a trilha sonora da edição, que mapeia a expressão da devoção, comparando-a à expressão da rebelião.
Boa leitura e segure as dúvidas: muitas certamente serão sanadas na próxima edição, que complementa a abertura da trilogia A decadência do mundo ocidental, e parte do ateísmo para explicar a sistematicidade das Revoluções.
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