HOJE NA HISTÓRIA | Primeira descrição das Cataratas do Iguaçu

Vitor Marcolin
Vitor Marcolin
Ganhador do Prêmio de Incentivo à Publicação Literária -- Antologia 200 Anos de Independência (2022). Nesta coluna, caro leitor, você encontrará contos, crônicas, resenhas e ensaios sobre as minhas leituras da vida e de alguns livros. Escrevo sobre literatura, crítica literária, história e filosofia. Decidi, a fim de me diferenciar das outras colunas que pululam pelos rincões da Internet, ser sincero a ponto de escrever com o coração na mão. Acredito que a responsabilidade do Eu Substancial diante de Deus seja o norte do escritor sincero. Fiz desta realidade uma meta de vida. Convido-o a me acompanhar, sigamos juntos.

O explorador espanhol Álvar Núñez Cabeza de Vaca é o autor das primeiras crônicas sobre as fascinantes quedas d’água

É evidente que o Cabeça de Vaca não “descobriu” as magníficas quedas d’água que perfazem as Cataratas da foz do rio Iguaçu, mas ele foi o primeiro a escrever sobre elas. Numa época em que os únicos meios de coligir e enviar impressões de viagens era através dos desenhos e dos diários, as descrições do explorador espanhol tornaram-se um sucesso extraordinário — como tudo o que vinha do Novo Mundo.

No dia 31 de janeiro de 1542, Álvar Núñez avistava, pela primeira vez, as Cataratas do Iguaçu. Naquela primeira metade do século XVI os europeus ainda não haviam ouvido falar sobre a vista magnífica que as 275 cachoeiras perfaziam na foz do rio que conduzia portugueses e espanhóis ao Sul.

Iguaçu, que em tupi-guarani quer dizer “água grande“, perfaz uma área total de 250 mil hectares. Patrimônio da Humanidade, o parque nacional recebe cerca de 2 milhões de visitantes por ano (dados de 2019).

Lenda indígena

Uma antiga tradição indígena narra a lenda da origem das cataratas: um deus, enamorado de uma bela indiazinha por nome de Naipi, queria pelo céu e pela terra casar-se com ela; mas a índia, que preferia a companhia segura de um mortal, decidira-se por escapulir aos encantos da divindade na canoa do seu amante, o mortal Tarobá.

Fatalmente, como a dor de corno de um deus tem consequências extraordinárias, a fim de se vingar da ingratidão de Naipi, o deus tupi “cortou” o rio no qual os confidentes viajavam com tamanha fúria que condenou os amantes a uma queda eterna.

As quedas d’água que se localizam precisamente na fronteira entre Brasil e Argentina foram o tema de uma reportagem especial sobre a região escrita pelo Lobo, um dos nossos colaboradores.


Com informações do portal History UOL e do Grupo Cataratas.


No era yo. Era un actor. Un histrión. Actuaba de español pleno, como si nada hubiera pasado“.

Álvar Núñez Cabeza de Vaca

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