HOJE NA HISTÓRIA | É proclamado o Dogma da Imaculada Conceição

Vitor Marcolin
Vitor Marcolin
Ganhador do Prêmio de Incentivo à Publicação Literária -- Antologia 200 Anos de Independência (2022). Nesta coluna, caro leitor, você encontrará contos, crônicas, resenhas e ensaios sobre as minhas leituras da vida e de alguns livros. Escrevo sobre literatura, crítica literária, história e filosofia. Decidi, a fim de me diferenciar das outras colunas que pululam pelos rincões da Internet, ser sincero a ponto de escrever com o coração na mão. Acredito que a responsabilidade do Eu Substancial diante de Deus seja o norte do escritor sincero. Fiz desta realidade uma meta de vida. Convido-o a me acompanhar, sigamos juntos.

A Virgem Maria foi concebida sem a mancha do pecado original

O mal-estar, o desconforto, a aflição que muitas pessoas manifestam quando ouvem falar sobre os mistérios da são tão evidentes — e não menos esquisitos — que um católico, quando levado a falar sobre a sua , dificilmente o faz sem prestar as devidas satisfações. Ora, abstraídos os elementos de , a Igreja Católica fora objetivamente o agente histórico gênese desta estrutura político-social a qual chamamos de civilização ocidental — o termo, não obstante, já fora malbarateado em função dos atentados de natureza ideológica no âmbito da linguagem.

Quando um jovem universitário, um jornalista, um político ou um cidadão comum que não faz a mínima questão de cultivar o bom-senso torce o nariz, afetando superioridade intocável, para a Igreja Católica, ele subscreve sua ignorância ante a realidade patente dos agentes históricos. A tem significação objetiva para o indivíduo; mas a Igreja, enquanto fator histórico milenar, detém objetivamente uma importância que transcende o mero mundo particular do sujeito e abrange conjuntos inteiros de sociedades numa rede civilizacional milenar.

Daí a importância da Igreja Católica. De antemão atendidas as satisfações, tratemos agora do assunto em questão: a proclamação dogmática da Imaculada Conceição de Maria. No dia 8 de dezembro de 1854, o Papa Pio IX, por meio da bula pontifícia Ineffabilis Deus, oficializou uma verdade há muito celebrada pelos fiéis: a Virgem Maria, gerada no útero de Sant’Ana, fora concebida imaculadamente, pura, sem a mancha do pecado original. Ipso facto, ela fora a escolhida para receber em seu ventre o Salvador do Mundo. Por singular graça e privilégio de Deus, e em função dos méritos de Christo, Maria fora agraciada com a maternidade da salvação de toda a humanidade.

Não é difícil observar que, em função do aumento da simpatia anticristã explicitamente presente na mídia e nos meios culturais — em grande medida incentivada e financiada pelas elites globais que veem no Cristianismo o último empecilho aos seus projetos de poder –, a significação não somente de Maria, mas da própria imagem da mulher, tenha se tornado alvo de ataques de natureza moral, estética e psicológica. Nada perturba mais aos inimigos da Igreja Católica do que a celebração daquela que, ao mesmo tempo, é Mãe e Virgem.

“Immacolata concezione”, quadro de Giovanni Battista Tiepolo, de 1768. Acervo do Museu do Prado, Madrid, Reino da Espanha

Com informações do site do Padre Paulo Ricardo, e do site Vatican News.

“O anjo entrou onde ela estava e disse: “Alegra-te, cheia de graça! O Senhor está contigo!”.

O Evangelho segundo São Lucas, I:28
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