Conheça a história do bispo que ressuscitou uma criança com a fé de suas orações
Hoje é dia de Santo Hilário, Bispo e Doutor da Igreja.
Nascido por volta de 315, em Poitiers, na França, Hilário era de uma rica família pagã e hedonista. Ele buscou na filosofia respostas para sua busca sobre a verdade, que só encontrou nos Evangelhos. Converteu-se e foi batizado aos 30 anos, junto com sua esposa e sua filha Ápia.
Anos mais tarde, devido à sua vida exemplar e sua sabedoria, foi sagrado Bispo, aceitando a decisão de se desligar parcialmente de sua família – mas jamais a abandonando totalmente. Precisou combater a heresia do arianismo, que negava a divindade de Jesus, e por sua excelência nesta missão ficou conhecido como o “Atanásio do Ocidente”.
Durante o reinado do imperador Constâncio, sua guerra contra a heresia ariana fez com que fosse exilado para o Oriente, onde pôde aprofundar-se em sua vida espiritual e intelectual, e, por isso mesmo, onde produziu grande parte de sua obra. Quando retornou à França, foi auxiliado pelo colega Martinho, Bispo de Tours.
Muitos milagres são atribuídos ao Bispo Hilário. Um deles, segundo relata Jacopo de Verazze na Legenda Aurea, foi ter ressuscitado uma criança não batizada. Segundo o relato, Dom Hilário prostrou-se por terra em oração e só se levantou “depois que ambos pudessem se levantar, o ancião de sua prece, e a criança dos braços da morte”.
Hilário faleceu em 367, em Poitiers, e começou a ser aclamado santo pelos fiéis logo após sua morte. Foi canonizado por Pio IX, que também o declarou Doutor da Igreja.
Santo Hilário de Poitiers, rogai por nós!
Hilário e o bebê
Encontra Dom Hilário, em plena rua,
uma mãe a chorar desconsolada,
com sua bebê no colo, inanimada,
a amaldiçoar sua sorte impia e crua.
Tocado, cai por terra o ancião
e põe-se ao Pai orar ali prostrado,
recusando-se a erguer-se até escutado
ser o pedido do seu coração.
Tamanha é a intensidade de sua fé,
que como estrondo chega ao Céu sua prece,
e Deus da situação se compadece,
e trazido de volta à vida é
o bebezinho, que abre, então, um berreiro
abençoado, alegre e prazenteiro.
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