Mártires do século III, São Marino de Cesareia e Santo Astércio constituem modelos de desprezo pelo mundo e fidelidade a Cristo
Hoje é dia de São Marino de Cesareia e Santo Astércio, mártires.
Marino era oficial do exército da Cesareia da Palestina no século III, durante o reinado de Galiano, quando houve relativa tolerância com os cristãos, mas não por parte de todos os magistrados. Ia ser promovido a centurião, mas foi denunciado como cristão por outro pretendente ao cargo. Chamado à presença do juiz Aqueu, confirmou sua fé. O magistrado mandou prendê-lo e lhe deu algumas horas para reconsiderar sua opção.
Na prisão, foi visitado pelo bispo local, Teotecno, que lhe apresentou uma espada e a Bíblia, pedindo para que escolhesse uma das duas. Marino escolheu a Bíblia.
De volta ao tribunal, reafirmou a sua fé e imediatamente foi condenado à morte por decapitação. Um senador cristão, Astércio, apiedado de seu irmão na fé, recolheu seu corpo a fim de lhe dar uma sepultura digna, e foi martirizado logo em seguida.
Os santos Marino e Astércio constituem exemplos de coragem e fidelidade a Cristo diante do autoritarismo dos poderes temporais. Que eles nos sejam inspiração.
São Marino de Cesareia e Santo Astércio, rogai por nós!
Marino e Astércio
Quando ia ser promovido
ao cargo de centurião,
denunciaram Marino
por ele ser um cristão.
Ele então foi convocado
por um juiz chamado Aqueu,
e sua profissão de fé
no Fórum fortaleceu.
Imediatamente o juiz
mandou-o encarcerar,
e umas horas a ele deu
pra que pudesse pensar:
“Tu queres mesmo morrer
como estúpido cristão,
quando podes ter prestígio,
riquezas e posição?
Vá pensar nas tuas escolhas,
deixa tudo ponderado,
e responde finalmente
quando fores convocado!”
O Bispo, naquela tarde,
foi se encontrar com Marino
na cadeia, e lhe pediu
que escolhesse seu destino:
“Meu filho, comigo trago
uma Bíblia e uma espada:
a qual das duas está
tua vida destinada?
Pondera com caridade
e decide com amor;
estejam contigo as bênçãos
de Jesus, Nosso Senhor.”
Marino escolheu de pronto
a Bíblia, e quando outra vez
foi chamado por Aqueu,
respondeu com altivez:
“A meu Senhor e meu Deus
não posso renunciar,
ainda que a própria vida
isso venha me custar.
Reafirmo o que já disse:
eu sou um fiel cristão,
e a morte não temo; faz
o que quiseres então!”
O arrogante Aqueu ficou
deveras contrariado,
e Marino, a um gesto seu,
foi logo decapitado.
Assistindo à cena havia
um cristão que se chamava
Astércio, um bom senador,
que por Marino rezava,
e logo após o martírio,
o seu corpo recolheu,
e uma digna sepultura
ao irmão ofereceu,
já sabendo que, por isso,
qual seria a sua sorte,
e em seguida mesmo foi
julgado à pena de morte,
e enfim, para os Altos Céus
sua santa alma rumou,
e lá, co’a do irmão Marino,
sorridente se encontrou.
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