Lançamentos de Frederick Copleston e Jakob Wassermann são os destaques desta semana
Esta primeira Muralha de junho traz os gigantes Frederick Copleston e Jakob Wasserman com o melhor da história da filosofia e do romance do século XX. Além deles, lançamentos e pré-vendas dos gigantes Scott Hahn, Thomas Sowell e J.R.R. Tolkien entre as novidades da semana. E mais: um guia que propõe revisitar as estradas esquecidas da consciência moral e um livro compacto, contundente e essencial para você compreender a verdade por trás do movimento antirracista.
Confira as novidades abaixo, e prepare-se: junho está só começando.
Destaques
O primeiro destaque é um lançamento da Vide, Uma história da filosofia IV: do utilitarismo a Sartre, de Frederick Copleston. Aclamada como a melhor história da filosofia disponível em língua inglesa, a obra de Copleston, inédita no Brasil, é uma narrativa ao mesmo tempo objetiva e abrangente do itinerário filosófico no Ocidente. O autor apresenta a evolução do pensamento filosófico segundo os seus protagonistas, partindo do contexto histórico de cada um deles. Influências, convergências e divergências, tudo é apresentado com a necessária clareza para um leitor que Copleston supunha iniciante. Sua obra é, portanto, ao mesmo tempo um vislumbre de toda a tradição filosófica e uma via de acesso a ela.
Este quarto volume é o que encerra a edição brasileira. Desde Nietzsche, que tratou no volume anterior, o Pe. Copleston avança para o restante da filosofia moderna até sua contemporaneidade. Ele analisa o empirismo britânico, com Stuart Mill e Spencer, e também o idealismo e o pragmatismo na América, e, nesse contexto, o pensamento de Bertrand Russell e John Dewey. Explica, em seguida, a filosofia francesa pós-Revolução, desde Auguste Comte até Bergson, Sartre, Merleau-Ponty e Lévi-Strauss, e inclui outros nomes importantes, como Joseph Maréchal e Louis Lavelle. Ao mesmo tempo acessível a principiantes e proveitosa para pesquisadores avançados, esta obra monumental é imprescindível na biblioteca de qualquer estudioso da área.
O segundo destaque é um lançamento da Sétimo Selo, Kaspar Hauser ou a indolência do coração, de Jakob Wassermann. Quarto título de Wassermann publicado pela editora, este romance inicia-se em 1828, com um acontecimento estranho em inquietante em Nuremberg, destinado a despertar a curiosidade de todos os habitantes da cidade: apareceu um rapaz de aproximadamente dezessete anos, vestido com roupas camponesas, que balbuciava palavras incompreensíveis e andava como uma criança que ensaiasse os primeiros passos. Desorientado e surpreso, olhava ao redor como se visse o mundo pela primeira vez, com os olhos semicerrados para se proteger da luz, repetindo uma única frase: “Queria tornar-me um cavaleiro como meu pai”. Sua origem permanecia misteriosa.
Com sua notável capacidade de sondar a alma humana, Jakob Wassermann narra a comovente e aterradora história de Kaspar Hauser, o enigma vivo destinado a se tornar tão popular que foi chamado de “filho da Europa”. Na tradução de Adonias Filho, e acompanhada de uma introdução do autor, o leitor terá contato com a obra-prima que representa o mais profundo esforço já feito para penetrar no mistério que envolve Kaspar Hauser.
Confira abaixo um trecho da obra:
“Os nuremburgueses são pessoas curiosas. Centenas dentre eles, diariamente, subiam a encosta do burgo e os noventa e dois degraus da velha torre sombria para que pudessem ver o desconhecido. Proibida a entrada no compartimento meio obscuro, onde estava encerrado o prisioneiro, era da soleira da porta que os visitantes, comprimidos em inúmeras filas, percebiam o infeliz agachado no canto mais afastado. Viam-no, frequentemente, brincando com um pequeno cavalo branco de madeira que pertencera aos filhos do carcereiro e que este, condoído pelo desejo por ele revelado através de uma gagueira informe, o havia dado.
Os seus olhos não pareciam conhecer a luz do dia, demonstrava sentir medo dos movimentos do próprio corpo. Dir-se-ia, quando estendia as mãos para a frente, tateando, que o ar lhe opunha certa resistência.”
Outros lançamentos
Pela Ecclesiae, O livro dos Juízes e o livro de Rute, de Curtis Mitch, Michael Barber e Scott Hahn. 18º volume da Coleção Cadernos de Estudos Bíblicos, dirigida por Scott Hahn, este livro conduz o leitor por um profundo estudo do livro dos Juízes e do livro de Rute, usando como guia o próprio texto bíblico e as diretrizes da Igreja Católica para sua interpretação. Cada página traz várias observações e oferece novos esclarecimentos e comentários dos renomados professores Hahn, Mitch e Barber, especialistas em estudo bíblico, além de algumas interpretações feitas pelos Padres da Igreja, há muito consagradas. Essas notas de estudo ajudam a tornar explícito aquilo que o autor dos livros frequentemente toma por pressuposto, além de fornecerem também preciosas informações históricas, culturais, geográficas e teológicas pertinentes ao Velho Testamento.
Neste estudo ainda se incluem quadros, ensaios sobre certos tópicos e estudos específicos sobre determinadas palavras; há em cada página uma seção de referências facilmente utilizável e, para cada capítulo, são propostas algumas questões para aprofundar o entendimento pessoal da santa Palavra de Deus. Há ainda um ensaio introdutório que abarca questões de autenticidade, data, destinatários e temas do livro dos Juízes e do livro de Rute, além de esquemas de suas estruturas.
Pelo IBESEC, As verdadeiras fake news, de Roberto Lacerda Barricelli. Neste livro, o autor expõe casos de assassinato de reputações e destruição de inocentes pela mesma grande imprensa que apoia o PL2630/2020, mais conhecido e melhor definido como PL da Censura. O livro conta com um capítulo especial sobre a cobertura midiática no 08 de janeiro e prefácio do Dr. Cláudio Caivano, autor de 08/01 – A História Não Contada, também publicado pelo IBESEC.
Pela LVM, A busca pela justiça cósmica, de Thomas Sowell. A obra expõe de forma final a essência problemática das teses da justiça social esquerdista, e assim desmonta os alicerces dessas crenças, mostrando-nos como tais princípios não passam de enganações ideológicas. A tal justiça total – ou universal, como ele denomina – e o mundo onde supostamente não haverá mais diferenças de aptidões, preconceitos e desigualdades econômicas são realidades impossíveis, tanto estatisticamente quanto politicamente. A justiça cósmica proposta pela esquerda é um Cavalo de Tróia que promete igualdade e representatividade, e entrega tirania e despotismo. A Busca da Justiça Cósmica é uma das melhores (se não for “a” melhor) análises político-filosóficas da impossibilidade da justiça social apregoada pelo progressismo esquerdista.
Também pela LVM, Bússola: como navegar a tempestade moderna, em que Gabriel Rocha Kanner propõe revisitar as estradas esquecidas da consciência moral, da virtude e dos conselhos cristãos, que durante séculos nutriram de forma eficiente a caminhada dos indivíduos no Ocidente. Dividido em duas partes essenciais, o livro busca compreender e organizar a vida cotidiana para que possamos encontrar também a ordem espiritual, as duas pernas para o peregrino dessa existência. Com uma linguagem acessível, direta e didática, o autor de forma ousada e autêntica propõe um retorno contemplativo ante nossas riquezas históricas e espirituais, para depois evoluirmos com eficiência e constância.
Pela Harper Collins Brasil, A Batalha de Maldon e O Regresso de Beorhtnoth, de J.R.R. Tolkien. Este livro apresenta pela primeira vez aos leitores brasileiros a tradução de J.R.R. Tolkien do poema clássico A Batalha de Maldon. De autoria desconhecida, o poema em inglês antigo narra o ataque de invasores vikings a uma força de defesa anglo-saxônica liderada pelo duque Beorhtnoth. O combate ocorreu em 991 d.C., em Essex, próximo a Maldon, e é lembrado como um dos mais brutais da história inglesa.
Escrito logo após a batalha, o poema original sobrevive apenas como um fragmento de 325 versos, mas seu valor até hoje é incalculável; não apenas como um conto heroico, mas por expressar vividamente a linguagem perdida daquela região da Inglaterra e celebrar ideais de lealdade e amizade. Tolkien considerava A Batalha de Maldon “o último fragmento sobrevivente da antiga tradição literária heroica inglesa”, e isso o inspiraria a compor, durante a década de 1930, seu próprio poema dramático, O Regresso de Beorhtnoth, filho de Beorhthelm, que imagina as consequências do conflito a partir do diálogo entre dois dos lacaios de Beorhtnoth que voltam para recuperar o corpo de seu duque.
Nesta edição, um dos maiores estudiosos de Tolkien, Peter Grybauskas, reúne pela primeira vez a tradução feita por Tolkien de A Batalha de Maldon e os versos de O Regresso de Beorhtnoth, com comentários de edição que complementam o poema. O livro também apresenta outro texto inédito: “A tradição da versificação em inglês antigo”, uma palestra na qual Tolkien fala sobre a natureza da tradução poética. Grybauskas também explora, a partir de suas notas, a influência do poema na construção dramática de O Senhor dos Anéis.
Pré-vendas
Também pela Harper Collins Brasil, e também de Tolkien, a pré-venda de A História da Terra Média – livros 3 a 5. A História da Terra Média é uma série composta por 12 livros publicados entre 1983 e 1996 que desenvolvem os conceitos de Tolkien sobre a Terra-média, mostrando a complexidade desse mundo ficcional e sua influência para a elaboração de outras obras do autor. Leitura obrigatória para entender a fundo o mundo fantástico tolkieniano, os livros editados por Christopher Tolkien, filho de J.R.R. Tolkein, são um lançamento inédito no Brasil.
A pré-venda está sendo realizada no site da Amazon, e os livros serão enviados a partir de 15 de junho.
Pela Avis Rara, O que não te contaram sobre o movimento antirracista, de Geisiane Freitas e Patrícia Silva. Como o próprio título sugere, as autoras desnudam a face oculta do movimento antirracista, que, como é comum aos movimentos indenitários, escondem intenções perversas por parte de uma grande parcela de seus fundadores e principais dirigentes. No contexto do movimento antirracista, as pessoas têm sido bombardeadas e acossadas, por exemplo, com acusações de “racismo estrutural”, “lugar de fala” e “apropriação cultural”. Mas você já se perguntou de onde esses termos surgiram? Ou melhor: você seria capaz de explicar o que cada um deles, de fato, significa? Analisando a narrativa hegemônica estabelecida pelo movimento antirracista contemporâneo, este livro tem a intenção de apresentar a verdade por trás de conceitos que não se sustentam com dados, com experiência, e nem têm produzido benefícios concretos à população que alardeia desejar defender. Uma obra compacta e contundente, que visa a oferecer ao leitor o pontapé para a reflexão sobre os erros cometidos pelas ações desses movimentos e seus resultados pouco eficientes, e até mesmo prejudiciais, na luta contra o racismo.
Esta pré-venda também está sendo realizada pela Amazon, e os livros serão enviados a partir de 11 de julho.