Retomo hoje um assunto de imensa relevância considerando a situação política que o Brasil atualmente atravessa. Comecei na semana passada, quando relatei uma situação que ocorrera comigo recentemente. Um amigo de longa data, pró-regime, com quem mantenho uma conversa há anos, me procurou cheio de perguntas políticas.
Já que eu transformara as mensagens dele numa carta na semana passada, resolvi responder-lhe agora de maneira similar. Portanto, em vez de termos uma seqüência de falas mais ou menos curtas e diretas (estilo "Conversar é Pensar Junto"), desta feita, teremos um diálogo epistolar – é sobre "democratas" e "extremistas".
Estamos experimentando um momento de grave crise política. A amizade pública encontra-se enfraquecida. Isso atinge outros tipos de amizade. Não podemos nos dar o luxo de agir sem entender, pois o risco de terminarmos agravando a situação é real.
Assim, ¿como fazer quando temos um velho amigo que acabou ficando "do lado de lá" no imbróglio que vivemos? Afinal, ele é um amigo. Ele tinha que entender a gente, ¿não?
Por outro lado, se ele tinha tal obrigação, ¿não teríamos nós a mesma para com ele? Do ponto-de-vista dele, fomos nós que acabamos no "lado errado".
"¿E agora, José?" Pois é... ¡Difícil! Aproveito então um exemplo meu recente para enfrentar essas questões.
Hoje encerro a coluna desta semana, dividida em três partes para facilitar a leitura. Trato da história do futebol brasileiro, seus torneios e os reflexos desses sobre os clubes e a Seleção; e procuro extrair dessa história lições sobre o que é necessário fazer para organizar a estrutura de modo a beneficiar a comunidade como um todo.
É o único jeito. Fazendo assim, dá-se chance para acertar. De outro modo, o fracasso é inevitável. (E, não, não estou mais falando de futebol.)
Eu pouco conhecia Charlie Kirk. Tinha visto algumas inserções dele nas redes sociais, tinha conhecimento que se tratava de um jovem arrojado e defensor de princípios tradicionais, sabia que era um entusiasta de debates, mas, sinceramente, nunca havia parado...
Continuando o texto de ontem, em que escrevi:
“O futebol brasileiro também precisa de uma nova Constituição. A atual organização do ludopédio nacional vem desde 2003, mas – a exemplo da CF/1988 – tem sérios problemas nas premissas. Reformas pontuais são incapazes de resolver os vícios-de-origem. É preciso repensar tudo; e a forma correta de se repensar o futebol e a política são similares.”
Hoje, falo sobre constituições, ordem institucional, e ordem real – e o que isso tem a ver com futebol...
Estamos vivendo uma crise constitucional. É algo mais profundo que uma crise política. Uma nova Constituição é necessária, como afirmou recentemente o Rafael Nogueira. Porém, o risco de uma Constituinte agora é terminarmos com um documento pior do que o atual. Não estamos preparados para isso. Uma Constituinte é o último passo.
Venho tratando do assunto há algum tempo; muitas vezes, de forma indireta. A atual organização do futebol brasileiro – a exemplo da CF/1988 – tem vícios-de-origem. É preciso repensar tudo. As questões são interligadas. Os problemas são similares. Falar de futebol só é mais simples.
Contudo, mesmo que mais simples, não é fácil. Eu não tenho conseguido me fazer entender. Cada texto é uma tentativa de me aprimorar nisso. Este não é diferente. Para que seja o momento de fazermos uma nova Constituição, é necessário darmos os primeiros passos. ¿Conseguiremos caminhar juntos, leitor?
Há quem não veja nada demais na bandeira gigante dos Estados Unidos desfraldada na Avenida Paulista no domingo, sete de setembro. Há até quem creia ter sido o certo a fazer. Os fins, porém, não justificam necessariamente os meios. Da forma como foi realizado, o ato da Paulista foi uma deliberada agressão à brasilidade. O “viralatismo” é uma enfermidade política. Era necessário encontrar outro caminho.
Uma das minhas paixões (para não dizer "vícios") é imaginar uma estrutura para o futebol brasileiro. Eu faço constantemente esse exercício porque, apesar de haver inúmeras maneiras possível de se organizar o nosso futebol respeitando seus fundamentos primordiais, entendo que o nosso atual calendário os ignora. Isso me incomoda bem mais do que deveria. Desta vez, apresento o último dos projetos para o futebol brasileiro que elaborei.
Quem se interessa por política precisa estudar Eric Voegelin – um dos melhores pensadores do Século XX. O desafio do filósofo, do cientista, está em conhecer a realidade. O foco da metodologia voegeliniana é justamente esse. Não é uma leitura fácil, mas é certamente gratificante. Explico isso na coluna desta semana.
Quando o monopólio esquerdista da interpretação das ideologias políticas for quebrado. Se você acha que fascismo e nazismo são de direita - e, portanto, automaticamente “extrema-direita” -, então nunca haverá uma “extrema-direita” autointitulada no Brasil.
Essa interpretação surgiu com...