Destaques
O grande destaque da semana é o lançamento da Danúbio: Os Flamingos, de Rodrigo Duarte Garcia.
Um legado milionário. Cartas adormecidas. Segredos que o tempo tentou sepultar.
Na fazenda de Santa-Esperança — entre jardins antigos, lagos imóveis e um vasto viveiro de aves — Lila descobre que a herança deixada pelo pai não se resume a propriedades. O que realmente lhe cabe são vestígios de vidas passadas: cartas esquecidas, objetos carregados de simbolismo e histórias que emergem como um chamado irresistível para revisitar a própria identidade.
Enquanto atravessa festas, tensões familiares e o doloroso processo de amadurecer, Lila é puxada para a força de uma linhagem marcada por triunfos e rupturas. No centro dela está Élise, a ancestral que, no século XVIII, abandonou tudo para seguir Napoleão em sua campanha no Egito — figura cuja ousadia continua a reverberar nas gerações seguintes.
Segundo romance de Rodrigo Duarte Garcia, escrito ao longo de nove anos, Os Flamingos convida o leitor a uma reflexão sobre memória, perda e permanência. Um livro que observa o tempo com delicadeza: como a revoada dos flamingos ao pôr do sol, permanece apenas por instantes — mas são instantes capazes de iluminar o que já parecia esquecido.

Destaque também para o lançamento da Inteligência Expressa: Transumanismo e a Religião da Máquina: o projeto gnóstico que quer refazer o homem, de Daniel Ferraz.
O que acontece quando a ciência tenta ocupar o lugar de Deus? Partindo da tradição aristotélico-tomista e da crítica à modernidade técnica, Daniel Ferraz demonstra que o transumanismo não é apenas uma utopia tecnológica, mas uma rebelião espiritual.
Ao prometer imortalidade e perfeição por meio da biotecnologia e da inteligência artificial, o homem moderno revive a antiga tentação gnóstica: ser criador de si mesmo.
Com estilo vigoroso e erudição rara, Transumanismo: A Religião da Máquina expõe a dimensão teológica dessa nova idolatria e convida o leitor a reconhecer na ordem natural — e não na simulação digital — o verdadeiro caminho da liberdade e da redenção.

E destaque, ainda, para o lançamento da Kírion: Nas sombras o amanhã: um diagnóstico da doença espiritual do nosso tempo, do renomado historiador Johan Huizinga.
Publicado originalmente em 1935, apenas dois anos após a ascensão do regime nazista, este livro se destaca como um retrato corajoso e honesto da crise da civilização moderna de seu tempo. A publicação teve uma recepção marcante e particular por sua natureza de crítica profunda.
Em um prefácio que ressoa com urgência até hoje, Huizinga lança um alerta poderoso aos leitores, uma declaração que não deve ser negligenciada: “É possível que muitos me chamem de pessimista com base nestas páginas. Responderei somente: sou um otimista.”

Outros lançamentos
Pela Ecclesiae, Em defesa da Missa Nova, do Padre José Eduardo de Oliveira e Silva.
A confusão litúrgica que tomou conta de tantos ambientes católicos finalmente tem uma resposta clara, teológica e inegociavelmente fiel ao Magistério.
Chega agora “Em defesa da Missa Nova”, do Pe. José Eduardo — uma obra escrita com coragem apostólica para desmontar, uma a uma, as falácias que alimentaram anos de desconfiança, divisão e medo.
Neste livro, você vai entender:
🔸 Por que a Missa promulgada por São Paulo VI é católica, bíblica e tradicional;
🔸 Como a história da liturgia desmente o mito de uma Missa imutável;
🔸 Por que não existe ruptura, mas continuidade viva;
🔸 Como o Novus Ordo expressa o sacrifício pascal com profundidade e verdade;
🔸 Como celebrá-lo com reverência, espiritualidade e amor.
Não é um livro de polêmicas — é um livro de luz, uma obra que não apenas esclarece o debate, mas forma, protege e fortalece a fé dos fiéis diante de um dos temas mais delicados da vida da Igreja.

Pela Compostela, O Concílio Vaticano II: uma história jamais escrita, de Roberto de Mattei.
Cinquenta anos após o Concílio, o historiador Roberto de Mattei tenta recolher os dados necessários para uma história sobre o mesmo que ainda não tinha sido contada. O Concílio Ecumênico Vaticano II, o vigésimo primeiro na História da Igreja, foi inaugurado por João XXIII a 11 de outubro de 1962 e encerrado por Paulo VI a 8 de dezembro de 1965. Desse quadro emerge essa “história jamais escrita”, que ajuda a compreender os eventos passados e atuais.
De Mattei defende que o Concílio Vaticano II:
- Representou uma ruptura (não uma continuidade) com a tradição católica anterior, especialmente em três pontos: colegialidade episcopal, liberdade religiosa e ecumenismo.
- Foi preparado e conduzido por uma minoria progressista organizada (a chamada “rede Reno” – bispos e teólogos da França, Alemanha, Holanda e Bélgica) que conseguiu impor sua agenda apesar de ser numericamente inferior.
- Gerou, como consequência direta, a grave crise doutrinal, litúrgica e disciplinar que a Igreja vive desde os anos 1960–1970.
Uma obra que, em tempos de tanta ebulição de ânimos na Igreja, vem fomentar debates sinceros e saudáveis sobre o que realmente aconteceu no tão polêmico Concílio, sobre o alcance real das suas decisões e, sobretudo, sobre a relação entre tradição e mudança legítima.
Com serenidade acadêmica e fidelidade às fontes, Roberto de Mattei oferece aos católicos de hoje – sejam eles progressistas, conservadores ou simplesmente perplexos – o material indispensável para que se possa, finalmente, discutir o Vaticano II sem mitos, sem caricaturas e sem medo da verdade histórica.

Pela Axia, O indivíduo soberano: como dominar a transição para a era da informação, de James Dale Davidson e Lord Willian Rees-Mogg.
O livro apresenta as estratégias necessárias para navegar a transformação mais profunda da civilização ocidental desde a Revolução Industrial: a transição de uma economia baseada na produção de bens para uma sociedade moldada pela informação.
James Dale Davidson e lord William Rees-Mogg, reconhecidos por suas previsões acertadas sobre o colapso de Wall Street, a queda da União Soviética e a guerra na Iugoslávia, mostram como essa nova era alterará de maneira irreversível a relação entre indivíduos e governos, dando início àquilo que chamam de “a quarta fase da sociedade humana”.
No cerne de sua reflexão está a autopropriedade ― a convicção de que cada pessoa deve governar sua própria vida e destino, livre das amarras de fronteiras nacionais ou ideologias coletivistas. Ao questionar o nacionalismo retrógrado, os autores desenham um futuro em que a informação libertará o ser humano como nunca antes, deslocando o poder do estado para a autonomia individual.
Não se trata de uma promessa utópica, mas de um convite a abandonar as ilusões e encarar, com clareza e coragem, os valores e desafios da nova era que já começou.
