Destaques
O grande destaque da semana é o lançamento da Vide: Droga é cultura, oitavo volume da série O QUE RESTOU DO IMBECIL, de Olavo de Carvalho.
Este volume reúne todos os artigos publicados pelo autor entre 2005 e 2006, período em que ele analisava, com sua precisão característica, os rumos políticos e culturais do Brasil. Textos que, à época, soavam como diagnósticos incômodos e alertas desconcertantes — e que hoje se confirmam como retratos fiéis da degradação moral, política e social que atravessamos.

Destaque também para o lançamento da Sétimo Selo: Histórias sobrenaturais e diabólicas, de Robert Hugh Benson.
Nesta tradução inédita no Brasil, Benson – mesmo autor do profético O Senhor do Mundo — conduz o leitor a uma noite em Roma, onde sete padres e um leigo se reúnem ao redor da lareira. Ali, entre o calor das brasas e o cheiro de incenso, são contadas experiências que mostram que o mal é mais real do que imaginamos.
Aparições, pactos sombrios e forças ocultas atravessam cada conto, lembrando que nem mesmo os sacramentos são barreira absoluta contra a presença viva do Mal. Benson une o fantástico e o macabro numa narrativa que arrepia até os mais céticos, convidando o leitor a refletir sobre o que está além do visível.

Outros lançamentos
Pela Ecclesiae, O abandono à Providência Divina, do Padre Jean Pierre de Caussade.
O autor, com profunda sabedoria espiritual, transmite uma mensagem de consolo para aqueles que buscam a perfeição, mostrando que a verdadeira felicidade e santidade residem no abandono à vontade divina.
Caussade ensina que devemos viver em conformidade com a vontade de Deus, sem nos deixar abalar pelas tempestades da vida, permitindo que a ação divina nos guie e nos transforme.
Pela Kírion, o segundo volume de A história da civilização – A vida da Grécia, de Will Durant.
Nesse volume, o autor nos leva à Grécia — reconhecida como o berço da filosofia, da política, da literatura e das artes. De Creta e Troia até a conquista romana, descreve as condições materiais da existência grega, explica seus ritos e crenças, sua economia e moral, sem todavia perder de vista, neste amplo panorama, o particular, a vida de grandes personagens. A narrativa não se limita ao registro tipicamente factual, pois volta-se também para o surgimento e o florescimento da filosofia em suas múltiplas escolas, para a análise das artes plásticas e da literatura, para as odes de Píndaro e as tragédias de Ésquilo.
Uma leitura indispensável para quem deseja compreender por que a Grécia permanece viva em nossa memória cultural.
Pela Auster, Vontade de ferro, de Orison Swett Marden.
O que separa os que alcançam o sucesso dos que ficam para trás? O que levou homens comuns a terem seus nomes registrados na história? O que os motivou?
Vontade de ferro parte de uma simples premissa: não é o talento, a sorte ou as circunstâncias que definem o sucesso, mas sim a força de vontade.
Nesta obra clássica de 1901, Orison Swett Marden, autor que influenciou Ralph Waldo Emerson, Dale Carnegie e Napoleon Hill — dentre outros —, parte de reflexões práticas, exemplos históricos e conselhos valiosos para que você seja capaz de desenvolver a determinação e manter o foco em um mundo repleto de distrações e obstáculos.
Acompanhado do texto “Ambição e sucesso”, esta edição apresenta uma defesa da persistência, da clareza de prode propósito e da autodisciplina como fundamentos de uma vida marcada pela firmeza, mesmo sob pressão.

Pela Axia, Caos planejado, de Ludwig von Mises.
Publicado pela primeira vez em 1947, o livro apresenta uma análise contundente sobre os impactos do intervencionismo e do socialismo, seja em suas vertentes nacionalistas, como o nazismo e o fascismo, seja na forma do comunismo internacionalista. Em vez de instaurar a ordem prometida, o planejamento estatal se mostra uma força de desorganização econômica e social, sufocando a liberdade individual e a prosperidade das nações.
Nesta obra, Ludwig Mises conduz uma crítica vigorosa ao controle governamental, seja sob regimes totalitários ou democráticos, demonstrando como a interferência estatal distorce os mecanismos econômicos, inviabiliza seu funcionamento e leva ao caos.
Os princípios aqui expostos, longe de se tornarem obsoletos, seguem se confirmando sempre que tentativas de planejamento centralizado buscam substituir a ordem espontânea dos mercados por estruturas artificiais de controle. Ao desmantelar o sistema de preços e restringir as escolhas individuais, o intervencionismo não apenas corrói a formação de capital e compromete a estabilidade econômica, mas também mina a própria base da prosperidade. Caos planejado, assim, permanece como uma das críticas mais abrangentes do autor a todas as formas de planejamento estatal.
Pela Papillon, A ilustre Casa de Ramires, de Eça de Queirós.
Nesta narrativa, o leitor acompanha a trajetória de Gonçalo Mendes Ramires, um jovem fidalgo provinciano que aspira à vida política. Encorajado a publicar um romance histórico para ganhar prestígio, Gonçalo escreve sobre seu ancestral medieval, o cavaleiro Tructesindo Ramires. Contudo, sua obra revela-se uma adaptação frágil de um poema antigo, refletindo também sua personalidade vaidosa e moral oportunista.
Alternando entre a narrativa contemporânea e a ficcional, Eça traça uma crítica mordaz à decadência da nobreza e ao estado político de Portugal, sugerindo uma analogia direta entre Gonçalo e o próprio país. Escrita em meio à crise monárquica e ao impacto do Ultimato inglês, a obra discute com ironia o nacionalismo, o colonialismo e o fazer literário como construção penosa e ilusória.
Esta edição, especial para vestibulandos, acompanha análise literária, lesta dos personagens, resumo por capítulo, perguntas de vestibulares e contextualização histórica.

Pela KBCC, Pequeno teatro da monarquia, de Dennys Andrade.
A final da Copa do Mundo entre Brasil e Inglaterra vira palco de um debate acalorado sobre a história do Brasil e sua forma de governo original, a Monarquia Constitucional. Entre jogadas decisivas e a paixão da torcida, Pedro e sua turma relembram episódios como a vinda da família real para o Brasil, o papel decisivo de Leopoldina pela independência, a admiração por Pedro II, a luta política de Isabel pela abolição da escravatura e o desleal marechal que traiu seu país por conta de uma vingança pessoal.
Entrelaçando passado e presente, personagens históricos reencenam a proclamação da Independência, o vergonhoso golpe positivista de 1889 e a perseguição e censura do regime republicano, retratando a luta de gerações de brasileiros pelo resgate de sua verdadeira história.
Esta obra infantojuvenil em forma de teatro para o ensino fundamental costura história e identidade nacional, revelando que o jogo pelo futuro do Brasil não se decide apenas dentro de campo, mas também nos palcos da escola.

E, pela Texugo, A origem dos tatus, de Rudyard Kipling.
No tempo em que os tatus ainda não existiam, viviam às margens do turvo Rio Amazonas um Ouriço do Espinho Arisco e um Cágado do Casco Pesado. Por ali também rondava um filhote de Onça-pintada faminto, decidido a arranjar um bom lanche! Para escapar de suas garras, os dois amigos teriam de ser muito espertos — mesmo que, para isso, precisassem se transformar…
Nesta fábula, um ouriço e uma tartaruga, ao serem atacados por uma onça, fogem e se transformam nos tatus que conhecemos hoje, numa história criativa e fantasiosa que explica como surgiram as armaduras dos tatus.