Destaques
O grande destaque da semana é um lançamento da Sétimo Selo: O retrato da morte, oitavo volume da Tragédia Burguesa, de Octavio de Faria.
Considerada por críticos como Rachel de Queiroz, Afonso Arinos e Tristão de Athayde uma das maiores realizações da literatura brasileira moderna, a série acompanha a decadência espiritual da burguesia carioca ao longo de quinze volumes. Chamado pelo próprio autor de “o poema da culpa”, o ciclo expõe, com intensidade ímpar, a luta entre vício, pecado e a busca pela salvação.
Em O retrato da morte, o autor revela com precisão cruel o vazio de uma sociedade que mantém as aparências enquanto tudo já está consumado. Personagens vivem à sombra de promessas vazias, onde o amor se confunde com desejo, o sagrado é encenado sem fé e a vida social não passa de uma farsa silenciosa. É nesse cenário que Octavio de Faria constrói uma narrativa incômoda, profunda e inesquecível.
Destaque também para um lançamento da Ecclesiae, Tudo se aproveita, de GK Chesterton.
Essa coletânea de ensaios escritos entre 1930 e 1931 mostra a genialidade de Chesterton em transformar qualquer tema em reflexão profunda — sempre revelando verdades esquecidas por trás das opiniões comuns.
Como lembra Dale Ahlquist no prefácio, Chesterton parecia sempre nadar contra a corrente da opinião dominante. E é exatamente por isso que continua tão atual: em tempos marcados por modismos e superficialidade, sua defesa da tradição soa como um choque de realidade.
Outros lançamentos
Pela O Mínimo, O mínimo sobre vocação, de Francisco Escorsim.
Se para você vocação diz respeito apenas ao emprego ideal ou a um hobby prazeroso, está enganado. Muita coisa parece ser vocação, mas não é. A ideia de que ela se resumiria a “fazer o que se gosta” é uma armadilha perigosa, afastando do que realmente importa. Reduzir a vocação ao trabalho é como tentar descrever um dinossauro apenas por suas patas. Afinal, o que é vocação? É disso que trata este Mínimo.
Pela Auster, O CEO que você pode ser, de Elena L. Botelho e Kim R. Powell.
Baseado em mais de 17 mil avaliações de líderes e duas décadas de pesquisa, este livro revela que o sucesso não é privilégio de poucos, mas resultado de comportamentos que qualquer pessoa pode desenvolver. Um guia prático, inspirador e embasado em dados reais para quem deseja alcançar resultados extraordinários.
Pela Kírion, Como se tornar um escritor, de Antonie Albalat.
Crítico literário do século XIX, Albalat lembra-nos que a vocação é comum, mas o talento é raro. Muitos borram páginas na pressa, outros desistem antes de amadurecer…
Neste lançamento da Kírion, você vai encontrar conselhos cheios de personalidade, que mostram como cultivar disciplina, paciência e verdade literária ao escrever.
Pela Papillon, o primeiro volume das Histórias assustadoras de Arthur Blackwood, de A.M. Luzzader.
Se você anseia por histórias clássicas de bestas noturnas e demônios, e se procura contos de história assombrada e terror de Halloween, então as histórias de Arthur Blackwwod são para você. Neste volume, você encontrará aranhas assustadoras, um museu mal-assombrado, segredos monstruosos, uma bruxa com quem não se brinca, feras espreitando na escuridão e um garoto que não tem certeza se é ele mesmo ou outra pessoa.
E, pela Texugo, A cigarra e as formigas, adaptação da célebre fábula de Esopo em que acompanhamos a cigarra e as incansáveis formigas em um contraste entre preguiça e dedicação.
Com ilustrações de Pedro Joabe, a narrativa convida crianças e adultos a refletirem sobre trabalho, planejamento e as consequências das nossas escolhas.
Perfeito para leitura compartilhada, para os pequenos que estão descobrindo o prazer das histórias e para educadores que buscam clássicos que inspiram.