Política, futebol e religião se discute? Obviamente, necessariamente, sistematicamente. A prova é a quantidade de formas em que o fizemos na presente edição, que explora, ademais, os vínculos entre três experiências humanas fundamentais, todas elas extremamente significativas quando se trata de entender a essência da sociabilidade, ou inclinação natural ao próximo, base dos vínculos comunitários que experimentamos e acumulamos ao longo da vida. São doze as perspectivas por meio das quais provamos nosso ponto.
Esmeril entrevista Álvaro Mendes, presidente do Centro Dom Bosco, que fala à revista sobre o propósito do centro, inteiramente voltado à defesa da fé e da verdade, sem economizar juízos a respeito da justa hierarquia entre política e religião.
Uma bela Preleção explica a você, leitor, as raízes filosóficas da inviabilidade da discussão em torno dos temas mais importantes da vida. Por outro lado, Conversar é pensar junto explica de que forma o processo da conversa, ou discussão, é mais importante que a própria conclusão, além de jurar de pé junto que ganha mais, numa discussão, quem a perde — porque afinal, foi quem saiu dela tendo aprendido algo que não sabia.
A edição não poderia estar completa sem um Especial sobre alguma religião civil celebre do século XX. A escolhida foi tão propalado quanto desconhecido Fascismo, cuja natureza e história estão aqui sintetizadas por João Eigen.
Você já investigou o significado do termo seita? É o que fazemos na seção As Palavras que usamos, seguida de quatro indicações literárias, registradas em Alta Cultura, cobrindo da dialética à poética, na esperança de ajudar você a ampliar sua capacidade argumentativa, horizonte de experiência e, claro, vocabulário de uso geral.
Ativismo em pauta pergunta ao padre Kelmon, religioso cujo apostolado se voltou à política, de onde veio e para onde vai, ao que ele responde de forma doce, assertiva e até surpreendente. Justamente porque trazemos o candidato mais criticado de 2022, em Política e sociedade admitimos: precisamos falar sobre a cristofobia.
Se nossas indicações literárias não o comprazem, temos também dez dicas cinematográficas, listadas na seção Sétima arte, para acionar seus pensamentos a respeito da relação indissociável entre política e religião. A metamorfose ambulante e opinativa do brasileiro é tema do Ensaio, curiosamente afinado ao Conto, versando desta feita sobre anjos e mulheres.
Por último, mas não menos importante, a seção Na Marca da Cal marca um gol inédito, emergindo de uma impecável reflexão sobre a razão de ser desta revista, cuja alma é descrita em dois tempos, entre linhas cruzadas nos campos dos parágrafos.
Boa leitura, leitor, e até a próxima edição. Ah! Uma curiosidade pessoal: diga-me lá nos comentários se esta não é a capa campeã de todas as edições da esmeril já publicadas até o presente. A autora da arte agradece, e eu também.
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Sem dúvida, a melhor capa!
Vamos aprender mais com os melhores.
Obrigada!
O editorial está à altura da capa!
Escreveste o editorial com gosto. Percebe-se claramente. ¡Parabéns!