Cotidiano

VITOR MARCOLIN | Máquina de escrever

Vida interior Eu sou um grande entusiasta da máquina de escrever. Nasci na década de 1990, período que testemunhou a substituição em massa das obedientes typewriters pelos computadores --- incomparavelmente mais eficientes. Certa manhã, quando eu tinha por volta...

VITOR MARCOLIN | Birra de criança: lição evangélica

Sou do tempo da TV analógica, quando vivíamos à mercê da eficiência das gambiarras feitas com a antena. Se Rupert ou Tintin saísse de sintonia, corríamos até a cozinha, onde pegávamos os refugos de palha de aço que a...

VITOR MARCOLIN | Péssimo Natal

Sentidos animais A diferença entre um escritor e um intelectual/filósofo é que o primeiro só tem de ser sincero, tem de comunicar a sua experiência com a realidade da forma mais verdadeira possível para causar algum impacto, ser ouvido,...

VITOR MARCOLIN | Itinerário

Passageiro-cliente A entrada da estação Consolação localiza-se a cerca de 50 passos da saída do Conjunto Nacional, na Avenida Paulista. É automático. Sigo o fluxo dos pedestres que, em horário de pico, aflui da Paulista e de suas adjacências para...

VITOR MARCOLIN | Descoberta

Xingar ajuda, mas não resolve o problema Provavelmente, este será o texto mais aleatório que já enviei para as colunas semanais da Esmeril. O fato é que, às vezes, a mente precisa de um descanso, de uma espécie de suspensão...

VITOR MARCOLIN | Tia Ophelia

Entre a Monarquia e a República Durante uma visita a um sebo paulistano --- alfarrabista para os preciosistas ---, encontrei um bilhete esquecido entre as páginas amareladas de um livro velhíssimo que ainda exibia, a bico de pena, sua mensagem....

VITOR MARCOLIN | A Fé vem pelo ouvir

Epílogo à “falta de vergonha na cara”  Eu havia afirmado, em minha última coluna, que os católicos não leem a Bíblia e, ipso facto, não têm vergonha na cara. Afirmei e reafirmo agora. Reitero o que eu dissera sem um...

VITOR MARCOLIN | Sábio de Pindamonhangaba

Discurso contra o pecado Sentei-me à sua frente num dos poucos bancos vermelhos à disposição; o comboio seguia para a Júlio Prestes. Confesso ser ignorante quanto aos critérios que norteiam os responsáveis por decidir a cor dos assentos dos trens...

CONTO丨Ulisses moderno

Um vislumbre da vida do extraordinário homem comum Ao sair de casa, Ulisses não imaginava que faria hora extra. Não. Seria mais um dia de trabalho ordinário no centro da cidade. Seria. A configuração das circunstâncias, no entanto, tem...

VITOR MARCOLIN | Vista da redação

Nelson Rodrigues contra a conjuntura paulistana Quando Nelson Rodrigues estava na ativa, nos idos de 1950/60, era comum vê-lo pensativo, com um cigarro entre os dedos, a olhar através da janela. Entre os intervalos dos parágrafos, Nelson levantava-se da cadeira...

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LEIA NESTA EDIÇÃO丨54

A pressão violenta dos comportamentos de massa sobre personalidades íntegras gera tamanho assombro que o fenômeno das multidões modernas...