DOSE DE FÉ | Deodato

Leônidas Pellegrini
Leônidas Pellegrini
Professor, escritor e revisor.

Caridoso, Deodato visitava os doentes, principalmente os leprosos

Todos os meses têm belas datas no calendário litúrgico da Santa Igreja, todos os dias lembramos de um ou mais santos, alguma solenidade, alguma festa, e cada uma dessas datas merece ser lembrada e homenageada em versos. 

Pois bem, partir de hoje começo aqui no Esmeril News a Coluna Dose de Fé, em que procurarei relembrar e homenagear os santos ou datas solenes de cada dia.

O escolhido de hoje é São Deodato, papa entre 615 e 618. Foi padre em Roma por 40 anos antes de assumir o pontificado, em uma época de guerras, terremotos e surtos de doenças, sobretudo elefantíase e lepra. Caridoso, Deodato visitava os doentes, principalmente os leprosos. Em sua biografia, consta o prodígio de ter curado um leproso após abraçá-lo e beijá-lo, episódio que inspirou o poema a seguir. São Deodato, rogai por nós!

 

Deodato e o leproso

 

Em meio a invasões de toda sorte,

e guerras e disputas e doenças

e heresias e cismas e descrenças,

Roma padece em pestilência e morte.

 

Deodato, tendo Deus como seu Norte,

seus doentes visita sem detenças,

e um leproso lhe inspira tão intensas

piedades, que ele o beija e abraça forte.

 

Espanto causa nos espectadores

que a cena presenciam, mas espanta

ainda mais, e aos Céus se ouvem louvores,

 

quando incorrupto o doente se levanta,

pelo amor de Deodato resgatado

e pelo amor de Deus, enfim, curado.

 


Esse conteúdo é exclusivo para assinantes da Revista Esmeril.

1 COMENTÁRIO

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

Abertos

Últimos do Autor