O dinossauro da terrinha fora encontrado há 23 anos, mas só recentemente os cientistas conseguiram classificá-lo
Quando o assunto é Portugal, geralmente são os entusiastas da história das heroicas navegações que se fazem todo ouvidos a fim de saberem das últimas. Mas não desta vez. Recentemente um grupo de pesquisadores do Museu de Lourinhã e do NOVA School of Science, de Lisboa, anunciaram a descoberta de uma nova espécie de Espinossauro.
A novidade, música aos ouvidos dos entusiastas da Paleontologia, foi divulgada depois de uma série de estudos sobre um fóssil descoberto no país há 23 anos. Em homenagem à Península Ibérica e a Carlos Natário, o paleontólogo que a descobriu, a criatura recebeu o nome de Iberospinus natarioi. A fim de validarem a classificação do animal, os cientistas analisaram as vértebras dorsais, a púbis, os fragmentos das costelas e dos dentes do animal e de outras partes do fóssil.
O dinossauro que, segundo os cientistas, perambulara pela terra de Cabral há muitos, muitos anos antes das navegações, media cerca de 9 metros de comprimento. Ao analisarem os nervos fossilizados da mandíbula da criatura, os paleontólogos encontraram “uma ponta da dentição que era mais reta do que curvada”, como os outros exemplares da espécie. Este fato somado a uma crista óssea diferenciada na púbis levaram os cientistas a concluírem que se trata de uma espécie única.
Os Espinossauros viveram no período geológico conhecido como Mesozóico na África e em partes da Europa, sobretudo na Península Ibérica. Eram animais que passavam a maior parte do tempo na água, com a ponta do nariz de fora, à semelhança dos atuais crocodilos. Apesar de toda a euforia causada pela descoberta, os cientistas ainda não têm grandes quantidades de vestígios fósseis desta espécie de dinossauro. As características físicas do animal bem como os seus hábitos alimentares são meras generalizações.

Com informações do CanalTech e do site Phys.org

“Perder tempo em aprender coisas que não interessam, priva-nos de descobrir coisas interessantes”.
— Carlos Drummond de Andrade
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