Jogador está no Brasil, mas Lei impede a extradição
Nesta quarta-feira (19) a Justiça Italiana condenou em última instância, a nove anos de prisão, o atacante Robinho (37) e o colega Ricardo Falco, por violência sexual. De acordo com a justiça, o crime ocorreu numa boate em Milão, em 2013. O atacante e outros quatro brasileiros foram acusados de abusar de uma mulher albanesa.
Em dezembro de 2020, o atleta e o colega já haviam sido condenados por “estupro coletivo” em segunda instância, por três juízas do Tribunal italiano. Porém, os advogados do atacante afirmaram que receberam a decisão “com serenidade” e que estavam confiantes da inocência do jogador. E que neste, como em muitos processos deste tipo, o perigo real é confundir direito com moral. Também foi ressaltado pela defesa que a relação sexual com a mulher foi consensual.
Na época, o professor e jurista Wálter Maierovitch deu uma entrevista para a CNN onde comentou a decisão.
Todos os magistrados condenaram o Robinho e todos analisando profundamente a prova. Eu acho que o caso do Robinho gerou uma condenação em razão da investigação e de um modelo que não é adotado do Brasil. O que aconteceu após o crime, a polícia fez uma escuta que foi colocada no automóvel, e em conversa com um acompanhante, fez relatos do que tinha acontecido, ou seja, confessou ter mantido, na voz dele, relação com uma pessoa completamente embriagada
— Wálter Maierovitch, professor e jurista
Atualmente, Robinho está no Brasil e a lei em vigor não permite que ele seja extraditado. Mas caso viaje ao exterior, a Justiça italiana pode recorrer a Interpol para que o atleta seja preso.
A agente esportiva de Robinho, Marisa Alija, e o advogado de acusação, Jacopo Gnocchi, confirmaram a decisão a CNN.
Com informações de CNN

A moral consiste em fazer prevalecer os instintos simpáticos sobre os impulsos egoístas
— Auguste Comte
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