O local abriga árvores de até 40 m de altura e provavelmente espécies animais ainda não catalogadas
Desde o Iluminismo e o nascimento da “Ciência Moderna”, no século XVIII, nós vivemos sob a ilusão da conquista do controle integral da natureza; ilusão de que, com algumas melhorias tecnológicas, cada centímetro da face da Terra será objeto do nosso conhecimento. Ledo engano. Ensaístas como Eric Voegelin, Ortega y Gasset, Christopher Dawson, Olavo de Carvalho, Wolfgang Smith e outros demonstraram que, sob muitos aspectos, a “Ciência Moderna” não é outra coisa senão instrumento do poder político com o objetivo de favorecer o controle das massas.
A ilusão do controle integral da natureza traz a reboque a noção de que tudo o que nos falta para conhecer a Terra integralmente é o ajuste fino da tecnologia de que dispomos. Estamos há pelo menos trezentos anos explorando este planeta, catalogando novas espécies animais e colocando no mapa regiões desconhecidas. E no entanto, o trabalho parece longe de acabar. É comum ouvirmos na mídia que detemos mais conhecimento sobre o lado escuro da Lua, a geologia de Marte e as galáxias obscenamente distantes do que sobre o leito dos nossos tão próximos oceanos.
Recentemente, uma descoberta na China fez reacender as discussões sobre os limites do nosso conhecimento: uma enorme cratera encontrada na província de Guangxi, no sul do país asiático, preservava nada menos do que uma floresta inteira com árvores de até 40 metros de altura, e muito provavelmente animais ainda não catalogados. Zhang Yuanhai, engenheiro-chefe do Instituto de Geologia Cársica do Serviço Geológico da China, em entrevista à agência de notícias estatal Xinhua, disse que o sumidouro é formado por três cavernas, para além da floresta primitiva.

“Eu não ficaria surpreso em saber que existem espécies encontradas nessas cavernas que nunca foram relatadas ou descritas pela Ciência até agora”.
Zhang Yuanhai à agência estatal chinesa
A paisagem dessa região chinesa é formada principalmente pela dissolução do leito rochoso por águas subterrâneas; é natural, portanto, que buracos e cavernas sejam comuns em toda a área. Contudo, a descoberta de um sumidouro com essas dimensões é algo raro, apesar da enorme profundidade (a cratera pode esconder um prédio de 13 andares) a quantidade de luz solar que alcança o local é suficiente para favorecer o crescimento de árvores.
Com informações do site Um Só Planeta.

“Achar em tudo desordem é prova de supina ignorância; descobrir ordem e sistema em tudo é demonstração de profundo saber”.
— Marquês de Maricá
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