O jornal alemão Welt foi um dos primeiros a relatar a decisão de criar “Campos de Detenção”
O governo da Alemanha está concentrando cidadãos de alguns Estados, que furam a quarentena, em “Campos de Detenção”, segundo o jornal Welt. O modelo começou a ser implantado em Schleswig-Holstein e iniciará suas atividades em 1º de fevereiro.
Em Baden-Wurttemberg, os cidadãos são concentrados em dois hospitais, sob vigilância policial.
As medidas foram criticadas por Mike Bird, repórter do Wall Street Journal, e pela deputada do Bundestag, Joana Cotar (AfD). Para Bird os alemães estão “engatinhando para o momento em que tudo o que nos disseram que era completamente impossível de ser instituído (restrições estritas de viagem, central de quarentena), bem a tempo para a vacinação em massa torná-lo basicamente inútil”.
Enquanto a deputada Cotar, do partido de direita Alternativa para a Alemanha (AfD), diz:
“Alguém deve ter lido muito Orwell aqui e falado: ‘Ótimo, vamos lá’ “.
Segundo o jornal Daily Mail, o “Campo de Detenção” de Schleswig-Holstein divide a mesma área de um Centro de Detenção Juvenil.
O The Local Germany informa que a concentração em “Campos de Detenção” deverá ser ordenada por ordem judicial, para reincidentes, sendo atualmente a primeira punição uma multa de 25 mil euros.
Outros países adotam o mesmo modelo
A China, país de onde o novo Coronavírus se disseminou para o mundo, também está construindo um “Campo de Detenção”, segundo informações da CNN.
O país asiático nomeou a área de “Campo de Quarentena” e possuirá capacidade para concentrar até 4 mil cidadãos, em Shijiazhuang, Hebei.
Na Nova Zelândia, os pacientes com testes positivos para COVID-19 serão confinados à força, e concentrados em “Campos de Quarentena”, segundo o jornal americano Fox News.
A primeira-ministra Jacinda Ardern, do Partido Trabalhista de Nova Zelândia, de esquerda, afirmou que os cidadãos enviados que se recusarem a realizar testes para COVID-19, serão concentrados no “Campo de Quarentena” por mais duas semanas, além das duas semanas iniciais. Ardern chamou essa ação de “um bom incentivo” para que os cidadãos aceitem fazer o teste. O país registrou, desde o começo da pandemia, até 24 de janeiro de 2021, 2.288 casos de COVID-19, e 25 mortes, entre uma população de quase 4.9 milhões de pessoas.
Com informações da CNN, Fox News, Welt, The Local Germany e Daily Mail.